O inventário é um procedimento jurídico obrigatório que ocorre após o falecimento de uma pessoa. Seu objetivo principal é levantar e avaliar todos os bens, direitos e dívidas deixados pelo falecido para, posteriormente, distribuí-los aos herdeiros.
Essa etapa é crucial para garantir a divisão justa do patrimônio, respeitando as disposições legais e as vontades expressas em testamento, se houver.
Etapas do Processo de Inventário
Abertura do Inventário: O primeiro passo é a abertura do inventário, que deve ser feita em cartório ou em juízo, dependendo da existência ou não de testamento, menores de idade ou desacordo entre os herdeiros.
Levantamento dos Bens: Após a abertura, faz-se necessário um levantamento detalhado de todos os bens, direitos e dívidas do falecido.
Avaliação Patrimonial: O próximo passo é a avaliação dos bens, que deve ser feita por um profissional habilitado, para determinar o valor real do patrimônio.
Pagamento de Dívidas e Impostos: Antes da partilha, é necessário quitar todas as dívidas e impostos relacionados ao espólio.
Elaboração do Plano de Partilha: Por fim, elabora-se um plano de partilha, que será submetido à aprovação dos herdeiros e, posteriormente, homologado pelo juiz.
O que é Partilha de Bens?
Saiba Tudo Sobre Inventário e Partilha de Bens – Imagem:Google
A partilha de bens é um processo legal que se refere à distribuição do patrimônio de uma pessoa falecida entre seus herdeiros.
Este processo é uma etapa fundamental do inventário, e seu objetivo é assegurar que os bens sejam divididos de forma justa e de acordo com a lei.
Respeito à Lei de Sucessões: A divisão dos bens deve seguir as diretrizes estabelecidas pela Lei de Sucessões. Isso significa que a partilha deve respeitar a ordem de sucessão legal, dando prioridade aos herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge ou companheiro).
Igualdade entre Herdeiros: Na ausência de testamento, os bens devem ser divididos igualmente entre os herdeiros da mesma classe. Por exemplo, se o falecido deixou três filhos e nenhum testamento, cada filho tem direito a um terço do patrimônio.
Respeito ao Testamento: Caso exista um testamento, a partilha deve respeitar as disposições testamentárias, desde que não violem a parte legítima dos herdeiros necessários.
Procedimentos na Partilha de Bens
Classificação dos Bens: O primeiro passo é classificar os bens deixados pelo falecido, que podem incluir imóveis, veículos, investimentos, entre outros.
Avaliação dos Bens: Os bens devem ser avaliados para determinar seu valor de mercado. Essa avaliação é crucial para uma divisão equitativa.
Quitação de Dívidas: Antes da partilha, todas as dívidas do espólio devem ser quitadas. Isso inclui impostos, como o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação).
Elaboração do Formal de Partilha: Uma vez quitadas as dívidas e avaliados os bens, elabora-se o formal de partilha, que é o documento que descreve como os bens serão distribuídos entre os herdeiros.
Homologação Judicial: O formal de partilha deve ser submetido ao juiz para homologação. Uma vez homologado, ele se torna um título executivo, dando aos herdeiros o direito de transferir os bens para seus nomes.
Desafios Comuns na Partilha
Desacordos entre Herdeiros: Um dos maiores desafios é quando há desacordo entre os herdeiros sobre a divisão dos bens. Nestes casos, pode ser necessário um mediador ou a intervenção do juiz para resolver o impasse.
Bens de Difícil Partilha: Alguns bens, como imóveis e empresas, podem ser difíceis de dividir. Nestes casos, pode-se optar pela venda do bem e divisão do valor arrecadado ou pela adjudicação (quando um herdeiro fica com o bem, compensando os demais).
Considerações Finais
A partilha de bens é um processo que exige não apenas conhecimento legal, mas também sensibilidade para lidar com as questões emocionais envolvidas. Recomenda-se a assistência de um advogado especializado em direito sucessório para garantir que a partilha seja realizada de forma justa e conforme a lei.
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